A antiga mina de Escádia Grande foi explorada para Au e Ag e está desativada desde 1952.
A antiga mina de Escádia Grande foi explorada para Au e
Ag e está desactivada desde 1952. A linha de água apresenta
diminuição de teores de SO4
2-, Zn, Ni, Co, Cd, Mg, Mn e As para
jusante da galeria da mina e das escombreiras. A drenagem tende a
ser circum-neutral a alcalina na maioria das colheitas o que provoca a
frequente precipitação de óxidos de ferro que apresentam elevadas
concentrações de As (46234 mg kg-1), Cd (30 mg kg-1), Co (165 mg
kg-1), Cr (15 mg kg-1), Cu (128 mg kg-1), Pb (195 mg kg-1), Zn (3043
mg kg-1), Sb (155 mg kg-1), Sn (327 mg kg-1) e de W (65 mg kg-1).
Os sedimentos de corrente apresentam concentrações máximas de Sn
(49 mg kg-1), Sb (21 mgkg-1) e de W (14 mg kg-1) que são superiores
aos dos resíduos de beneficiação. No entanto, os resíduos de
beneficiação apresentam teores de As elevados (8090 mg kg-1) e
muito superiores aos teores de As dos sedimentos de corrente (3141
mg kg-1). As concentrações de As nos sedimentos de corrente
aumentam para jusante. No entanto, o pH das águas superior a 5
favorece a presença do As em solução, já que o As ocorre em
oxianiões que são mais facilmente adsorvidos a pH inferiores a 5. Ao
longo de 2 km a jusante da galeria da mina, as águas apresentam
concentrações de As superiores aos valores máximos permitidos para
águas para consumo humano. O As é o principal contaminante das
águas de drenagem da antiga mina de Escádia Grande, já que sendo
um dos elementos em maior abundância nos resíduos de
beneficiação, é preferencialmente transportado em solução devido
aos valores de pH das águas serem superiores a 5.
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